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Reflexão do padre › 03/11/2019

Solenidade de todos os santos

Roma, 3 de novembro de 2019

Solenidade de todos os santos/C

Leituras: Ap 7, 2-4.9-14/ Sl 23 (24)/I Jo 3, 1-3

Evangelho: Mt 5, 1-12a

Os santos são aqueles que se deixaram vencer pelo amor de Deus

 

 

Celebrar a Solenidade de todos os santos é recordar os grandes feitos do Senhor que, com sua graça santifica os homens e os faz participar do seu reino celeste. Cristo nos santifica fazendo-nos participar da vida de Deus por sua graça. É a graça que lapida homens e mulheres pecadores de todos os tempos, a fim de torná-los agradáveis a Deus em santidade, sendo vencidos e convencidos pelo amor de Deus.

 

A santidade é um atributo próprio de Deus: “Não há santo como Iahweh” (ISm 2, 2). Portanto, tudo o que pertence e se refere a Deus é chamado a participar da sua santidade. De modo muito particular os homens a quem o Senhor convida: “Antes, como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos também vós santos em todo o vosso comportamento, porque está escrito: Sede santos, porque eu sou santo” (IPd 2, 15). Os homens mundanos desejam e buscam ardentemente a felicidade e são infelizes. Os homens de Deus procuram apaixonadamente a santidade e são e serão felizes, bem-aventurados.

 

Ser santo é, pois, a nossa vocação em Jesus Cristo. Logo, negligenciar o empenho pessoal para crescer na perfeição da caridade, desprezar a santidade é desprezar o próprio Deus e aquilo que Ele pensou para nós. Ser santo é aderir de todo o coração ao projeto que Deus pensou para nós.

 

Ser santo não significa separar-se do mundo, mas estar inserido nele como sal da terra e luz do mundo a fim de santificá-lo. Os santos desprezam a mundanidade, as pompas mundanas, os desregramentos, a irreverências, a impiedade. Mas amam o mundo porque é criatura de Deus, lugar da sua manifestação. Assim, os santos não somente procuram se santificar, mas empenham toda a sua vida para santificar o mundo: na família, no trabalho, na Igreja, no estudo, na política, na economia. Podemos afirmar que os santos são a alma do mundo, sem os quais este se desfiguraria, e perderia a capacidade de refletir a verdadeira vida – aquela que vem de Deus.

 

 

Sem santidade, a vida, o mundo, não passariam de uma aparência fugaz que desaparece com a morte. Porque somente o que é santo se perpétua para a eternidade, pois somente o que é santo pode participar eternamente da vida de Deus.

 

Ser santo não significa fechar-se no seu mundo e desprezar os outros. Ser santo passa por unir-se intimamente a Cristo pela graça para leva-Lo ao mundo. De modo que onde estiverem os santos ali também esteja Jesus Cristo. Noutras palavras, ser santo é fazer Jesus Cristo presente no mundo com a vida, com a palavra, com o exemplo, na maneira de pensar e agir. Os santos são, pois Cristo presente no mundo.

 

Quanto maior a generosidade para acolher a Jesus Cristo e o próximo maior a santidade. Que consiste na perfeição da caridade. Santidade é a perfeição na caridade, é viver e crescer no amor que recebemos de Deus. É crescer em Deus e permitir que Ele cresça e faça morada em nós.

 

Os santos são aqueles que compreenderam o amor na dimensão da cruz, que enfrentaram as tribulações desta vida, ancorados em Cristo, com paciência. Aqueles que não se permitiram ser vencidos pelo ódio, pela violência, pelo desespero, pela ambição, pelos prazeres. Os santos são aqueles que se deixaram vencer e convencer pelo amor de Deus.

 

Por fim, os santos são bem-aventurados: pobres de espírito, aflitos, mansos, cheios de fome e sede de justiça, misericordiosos, de coração puro, promotores da paz e pacientes na perseguição. Por isso, deles é o reino dos céus. Viveram ou vivem na terra, mas seu olhar está voltado para o céu. Os santos sabem apegar-se apenas ao que é essencial, ao que realmente não passa: Deus e os irmãos.

 

Pe. Hélio Cordeiro

E-mail: cordeiro-80@hotmail.com

 

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