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Sem categoria › 28/06/2017

Audiência: a única força do cristão é o Evangelho

Cerca de 20 mil pessoas participaram da Audiência Geral com o Papa Francisco na Praça S. Pedro

Tratou-se da última antes da pausa de verão – as audiências serão retomadas em agosto -. O Papa dedicou a sua catequese à esperança como força dos mártires.

Ao enviar os discípulos em missão, explicou Francisco, Jesus adverte que o anúncio do Reino comporta sempre uma oposição: “Vocês serão odiados por causa do meu nome”. “Os cristãos amam, mas nem sempre são amados”, disse o Papa. Portanto, os cristãos são homens e mulheres contracorrente, que vivem seguindo um estilo de vida indicado por Jesus – um estilo que Francisco definiu “estilo de esperança”.

A única força é o Evangelho

Para se parecer com Cristo, é preciso ser desapegado das riquezas e do poder. O cristão percorre o seu caminho com o essencial, mas com o coração repleto de amor. De fato, jamais deve usar a violência. A única força é o Evangelho. A perseguição, portanto, não é uma contradição. Se perseguiram o Mestre, porque seríamos poupados da luta? Porém, em meio à batalha, o cristão jamais deve perder a esperança. Há Alguém que é mais forte do que o mal: mais forte do que as máfias, de quem lucra sobre a pele dos desesperados, de quem espezinha os outros com prepotência.

Os cristãos, portanto, devem sempre estar na outra margem do mundo, aquela escolhida por Deus: não perseguidores, mas perseguidos; não arrogantes, mas mansos; não impostores, mas honestos.

Perfume de discipulado

Esta fidelidade ao estilo de Jesus foi chamada pelos primeiros cristãos com o nome de “martírio”, que significa “testemunho”. O vocabulário oferecia muitas outras possibilidades: heroísmo, abnegação, sacrifício de si. Mas os primeiros cristãos escolheram um nome “com perfume de discipulado”.

“Os mártires não vivem para si, não combatem para afirmar as próprias ideias, e aceitam morrer somente por fidelidade ao evangelho. O martírio não é nem mesmo o ideal supremo da vida cristã, porque acima dele está a caridade, isto é, o amor a Deus e ao próximo. A ideia de que quem comete atentados suicidas seja chamado mártir repugna os cristãos: neste ato, não há nada que possa se aproximar da atitude de filhos de Deus.

 “Que Deus nos doe sempre a força de ser suas testemunhas. Que Ele nos doe viver a esperança cristã sobretudo no martírio confidencial de fazer o bem e com amor os nossos deveres de todos os dias.”

Ao final da Audiência, o Papa concedeu a sua bênção apostólica.

Por Rádio Vaticano

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