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Poesias › 25/08/2021

Terezinha

Era Dezembro,
Minas Gerais.
Enquanto a folia tocava
Lá dentro da casa,
A gente estava lá fora.
Eu olhando pra ela:
Seu corpo, seu rosto, seus olhos, seus lábios.
Como eram sábios aqueles lábios!
Sentados naquela grama,
Como alguém que ama,
À tardezinha!
Toda muito linda,
Encantadora mesmo, como ninguém.
Meu coração batia forte.
Batia por Terezinha!

Depois do cantorio de Reis,
Das esmolas,
Dos agradecimentos,
Da dança do lundum,
Iam todos saindo da casa, à noitinha.
E eu ali sentado no chão,
Na grama já molhada do sereno,
Sem saber o que falar,
Sem saber o que fazer,
Admirava a beleza de Terezinha.

Foi-se a folia e eu também.
Fazia parte do grupo,
Juntamente com meu pai e meus irmãos.
Ela ficou por ali, morava por perto.
Um singular e triste tchauzinho!
Sem troca de endereços,
Sem marcar nenhum encontro.
Não tinha nem telefone.
Celular? Nem existia!
Nunca mais a vi, nem comigo falou.
Assim, a história mal começada terminou
Com Terezinha!

Alaôr Ferreira de Freitas, Poeta e Escritor

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