Ouça a Rádio ao Vivo

End: Praça São Vicente S/N Pau Ferro – Centro - Formosa, GO | Tel: (61) 3631.1796

Horários: De segunda a sábado às 19h / Domingos às 8h, 17h e 19h na Igreja São José Operário e às 10h00 na Igreja Santa Luísa de Marillac
Ver mais

Notícias da paróquia › 01/10/2023

XXVI Domingo do tempo comum – A

Planaltina de Goiás, 01 de outubro de 2023  

XXVI Domingo do tempo comum – A  

Leituras: Ez 18, 25 -28/ Sl 24/ Fl 2, 1-11 

Evangelho: Mt 21, 28 – 32  

“Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá…” (Ez 18, 28) 

Como concluiu o Papa Bento XVI, na Encíclica Deus Caristas est,  n. 1: “Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma  grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma  Pessoa que dá vida um novo horizonte e, dessa forma, o rumo  decisivo”. Deste encontro, se deixarmo-nos mover por Cristo, se  desencadeia em nós dois processos importantíssimos: o  arrependimento dos nossos pecados e a fé.  

Não podemos encontrar-se com Cristo Senhor e continuar  percorrendo os mesmos caminhos. Já no início da pregação do  evangelho o arrependimento e a fé constituíam o núcleo central do  anúncio: “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo.  Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1, 15).  

O pecado é morte, é inimizade com Deus. De modo que o  arrependimento passa pela ruptura com o pecado e pelo retorno à  amizade com Deus. Não é possível cultivar simultaneamente a  amizade com o mundo e com Deus. Ou somos amigos de Deus e  inimigos do mundo, ou somos amigos do mundo e inimigos de Deus.  Aqui vale ressaltar, que mundo significa tudo aquilo que se opõe a  Cristo e ao seu evangelho. 

Hoje há um crescente número de pessoas que querem seguir Cristo,  querem entrar e pertencer à Igreja, mas querem, por outro lado conservar sua vida mundana, seus costumes pagãos. Agir assim é  portar-se como o segundo filho do evangelho que disse exteriormente sim ao pedido do seu pai, enquanto na prática fez o que quis fazer – não foi trabalhar na vinha.  

Não podemos dizer sim a Cristo, ao seu evangelho, à Igreja com a  boca, enquanto o negamos com a vida. Temos que suplicar a Deus a  graça do arrependimento de todos os nossos pecados, de todas as  nossas impiedades, para que assim encontremos o caminho da  verdadeira vida: “Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá; não morrerá” (Ez 18, 28).  

O arrependimento sincero dos pecados conduz a fé a sua  consolidação, a sua maturidade. Crer é aderir à vontade e autoridade  de Nosso Senhor. É professar com a boca, com o coração e com a  vida: “Jesus Cristo é o Senhor!”. Somente a Ele serviremos.  

O arrependimento e a fé nos introduzem no Reino dos Céus.  Aqueles se arrependem e creem tem precedência no Reino dos Céus.  À exemplo dos cobradores de impostos e das prostitutas que, embora  tivessem cometido pecados gravíssimos deixaram se atrair por Cristo  e mudaram radicalmente o rumo das suas vidas.  

Enquanto que os sacerdotes e os anciãos, que eram entendidos da  Lei, não se abriram à graça do arrependimento e da fé em Cristo,  devido a dureza dos seus corações. Não basta que julguemos ser  justos, precisamos sê-lo de fato. Não basta ser justo por um tempo, é  preciso perseverar na justiça. E a justiça do cristão é a fé em Nosso  Senhor Jesus Cristo, a confiança nas suas promessas, que jamais  falharão.  

Há muitos que são virtuosos, ‘justos’, porém, confiam somente em  sua própria justiça. Há muitos que são ímpios, mas iluminados pelo  Palavra de Deus, choram amargamente os seus pecados e se colocam  num caminho de conversão. Se somos ‘justos’, peçamos ao Senhor  que nos ajude a perseverar na justiça e nos convertamos da nossa falsa  justiça para a justiça do evangelho. Se somos ímpios, peçamos ao  Senhor a graça do arrependimento e da fé que nos abre o caminho da  vida.  

Pe. Hélio Cordeiro 

E-mail: heliusroma@outlook.com

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *